quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Poesia da Semana

Quase como o que não queria
a chuva
um barulho só

O pó sumiu
ser tão amada
e ir
como quem só

Desembucha !

1. Essa eu acabei de fazer.
Duas horas rolando na cama: pensei,
escrevi, me irritei - tanta coisa - veio
essa chuva de um barulho só.
Por fim, era isso:
eu e a chuva.
Mais uma vez.

2. Não, as outras poesias daqui eu não havia feito
no dia que em que coloquei no
blog. Foi uma ou outra. A maioria é do arquivo.

3. Afinal, não é sempre que chove.

4. A propósito - imagine o sertão. Agora figure uma chuva lá no sertão: as crianças
brincando nas poças, calor, calor, até os adultos fora de casa - alguém pensando em
se esconder da chuva? Alguém pensando qualquer coisa que fosse? Só a chuva e a terra quente, e o sol de vez em quando, e as pessoas sem poder entender nem conter isso, uma chuva
grossa e desabotoada, depois de 10 meses sem chover. Até um arco-íris. O mistério
do sertão é a chuva. Pense.