A poesia, quando veio,
é que passou o dia inteiro coçando.
é que eu já estava satisfeito:
e ainda esperando o almoço.
A poesia, quando veio,
foi outro que escreveu,
mas que roubou de um terceiro
que era eu.
A poesia já tinha se mostrado
quando quase fui atropelado
numa rua que ia ter num verso
que no fim foi tirado.
E a poesia foi chegando,
eu parava,
ela andando.
E o poema foi voltando,
eu puxei! ( eu não gosto),
mas é meu,
eu que sei.
Eu sabia
que o dia tinha tropeçado.
era poema certo,
e eu errado.
Eu sabia
que tinha como esquecer.
mas não lembrei
de fazer!
teve horas
que o poema cochilou:
foi o telefone que tocou.
E a poesia um pouco atrasada.
foi a primeira a chegar,
mas ficou sentada.
Fim da tarde
sangrei a infeliz.
Mas foi ela mesma
que quis!
Deu a noite
ela não voltou.
mas não tinha ido:
ficou.
terça-feira, 28 de junho de 2011
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