...as palavras são de uma matéria comestível. Não sei explicar,
dá as vezes sem querer esse negócio em mim:
é tipo um fenômeno mesmo.
Eu falo as palavras devagar e elas se materializam na minha
boca, dá vontade de mastigar.
Na verdade eu mastigo, não é matafórico, eu sinto é físico
na minha boca. É gostoso - tem haver com estar com sono, eu acho.
Consegui provocar a sensação, pensei que não conseguiria,
tem palavras melhor de comer, que são massudas, comi
"pantomima" agora, é boa. Pensei que "pudim" seria boa,
mas não, acho que essa sensação não gosta de ser óbvia.
"Óbvio" é bom também, mas fica um pouco magro no final,
- é óbvio.
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2 comentários:
eu, de minha parte, nada tenho contra o que é magro no final. nada pessoal: gosto das palavras com dom de ossinho da sorte, que precisam ser tiradas de toda a carne para servirem de oráculo.
sobre a olívia, aimeudeus-- é pra ontem.
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