O solilóquio é exatamente isso:
Uma estranha palavra
Cujo significado sabe-se
Vagamente.
Amiúde aparecem,
Em azáfema, emprestando
seu toque azedo
ao fim da estrofe.
Essa que todos
Querem provar
Pois lembra
estrogonofe.
E acontece
Pois queremos mesmo
Perscrutar
Cada vez mais
Essas palavras de Clarice,
Assim: Lispector!
Não é assim?
Não brilha
No meio da frase
Uma palavra
Como Miríade?
O dicionário
Não dissolveria
Se soubéssemos, sucinta,
A condição sine qua non?
Ou alguém
ainda duvida
quão comestíveis são
as palavras conforme
provamos o primeiro
estrogonofe
deste poema?
A incipiência
Das palavras é discernível
Em sua profícua substância,
Confere?
Melando-se
Com lambujem
Quando se extrapola o sentido.
Ou não?
Afinal,
sou só um dito cujo
que não chega a ser o tal
e faz-se de joão ninguém
pra não ficar
zé mané no final.
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